segunda-feira, 9 de abril de 2012

Jovens com fé e espiritualidade: necessidade social (Walmari Prata Carvalho)

A formação católica a mim propiciada por meus pais e pelo colégio Salesiano do Carmo não me transformou num católico praticante, nem freqüentador da igreja. Respeito a maioria dos caminhos religiosos divergindo da maioria de seus doutrinadores, para mim professores da palavra. Distancio-me dos homens e seus templos procurando fazer de meu coração à morada da fé em respeito a Deus que temo e sigo no trato diário sem intermediário a não ser seu filho e a virgem mãe.

Dentro desta singular condição, provavelmente como muitos outros, observo o tempo; principalmente daqueles que mais tempo têm de vida; como aglutinador de todos em volta da luz do altíssimo. Percebem que de lá viemos e para lá estamos próximo a retornar. Quanto mais sabedoria, e, mais anos de vida, para mais próximo da luz todos se deslocam. Observamos este efeito, nas missas, nas procissões, nos cultos, nas pregações. Esta condição, e, as doenças do corpo são os fatores principais da procura da luz de Cristo. Inserido neste pré-requisito todos capitulam suas historias de vida, as doutrinas, as ideologias, os divergentes comportamentos, as ações contraditórias soçobram em detrimento a proximidade da visita ao altíssimo.

Digo tudo isto porque hoje mais do que ontem percebo que esta condição a todos chega a algum momento de nossas vidas, às vezes mais cedo outras mais tarde, infeliz daquele que não alcançar iluminada condição. Devemos perceber que o tempo não dá tempo, nem marca a hora. O ser humano percebe este momento especial quando começa a ter condição de perdoar, a se emocionar com as necessidades de seus semelhantes, com o falecimento inesperado, e, provocado de um desconhecido, pelos desvios de conduta de membros da sociedade, em suma começa a lamentar o desvio moral de todos, inclusive o seu.

Como muitos outros comecei a vivenciar esta condição na terceira idade. Nossa atribulada sociedade necessita que tal condição seja percebida mais cedo por nossos jovens, à espiritualidade é o principal caminho da recondução de nosso povo a harmonia social.

Não é a toa que, em Cuba, abriram o espaço para o livre arbítrio espiritual a despeito de ideologia antiga. Não é a toa que Hugo Chaves se fortalece em Cristo na busca da cura do corpo. Mesmo as vasilhas mais ordinárias podem contar com o aquecimento da luz celestial.

Meus jovens, não se deixem chegar à terceira idade, nem se permitam um transitar de vida de insensibilidades humanitárias, para então passarem a perceber muito tarde, mas não sem tempo, a necessidade da luz e da fé. Tenham esta acuidade desde cedo e exercitem-na ainda jovens. Teremos então, uma sociedade muito melhor.

Belém, 08 de abril de 2012.

WALMARI PRATA CARVALHO.
walmariprata@hotmail.com

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