segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A “liberdade” de imprensa no Brasil. Um alerta ao povo brasileiro

O Brasil aparece na posição 99 no ranking da liberdade de imprensa elaborado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras. Foram avaliadas as condições de trabalho de jornalistas em 179 países no ano passado. O Brasil caiu 41 posições em relação ao relatório de 2010. Segundo a entidade, o motivo foi o alto índice de violência contra jornalistas, em especial nas regiões norte e nordeste. Nos primeiros lugares estão a Finlândia, Noruega e Estônia.
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Fonte: Jornal Pessoal.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Senhora é executada, à luz do dia, na presença da família na área metropolitana de Belém (Ou:”Pará, um Estado em estado de barbárie”).

Quando afirmo que o Pará é um estado bárbaro, não me refiro exclusivamente aos atos e fatos incivis que cotidiana e sobejamente ocorrem em solo paraense, mas, sobretudo, aos pensamentos e sentimentos que subjazem a esses acontecimentos. Mas que pensamentos e sentimentos são esses? De certa forma, os mesmos que nos faz um povo inclinado à corrupção.

Vou explicar melhor. Refiro-me a crença que um determinado indivíduo ou grupo possui na inexistência de uma ordem ou força superior, capaz de limitar-lhe a conduta, segundo parâmetros racionais. Em outras palavras, é a supremacia do individual sobre o coletivo. Quando alguém não acredita que deve respeitar algo que está além de si próprio, tende a escutar apenas os seus mais recônditos desejos.

Recorro à Psicologia de botequim para tentar entender porque determinadas práticas são tão comuns no Estado do Pará. Poderia considerar o isolamento das pessoas que habitam os longínquos e abandonados interiores paraenses como possível causa de comportamentos pouco civilizados, mas quando ações semelhantes ocorrerem, insistentemente, à luz do dia e em plena Capital ou adjacências, o critério geográfico torna-se inepto para a compreensão desse fenômeno.  

Por esse motivo transfiro a análise para o imaginário de uma sociedade que não acredita na eficiência dos órgãos estatais e na possibilidade de punição quando transgride norma pública. Noutra hipótese, somente os “loucos de pedra” se enquadrariam, o que, de certo, não é o caso desta abordagem.

Creio sim que existe um ambiente psicológico favorável para a efetivação de tantas cruéis condutas, mesmo que sejam proibidas pelas regras mínimas de convivência social.

Vejam um exemplo lamentável que ocorreu em Ananindeua, cidade que integra a Região Metropolitana de Belém. Na manhã desta sexta feira, 23/02/13, na WE-70, da Cidade Nova VI, a Senhora CARLA PRISCILA foi retirada de um carro, onde estava em companhia do marido e do filho, e, na presença da família e de quem quisesse assistir, foi executada com arma de fogo. Segundo a matéria publicada no Jornal “Diário do Pará”, o crime teria sido motivado pelo fato de a vítima ter descoberto esquema de fraude na empresa onde trabalha.

Sem mais para o momento, penso com os meus botões: não é possível viver civilizadamente no Estado do Pará. A barbárie, infelizmente, é aqui!   

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O "Portel" dos bandidos



No Pará a ação é uma reação

Morreram centenas de jovens numa casa noturna do sul do país. Dias depois o Corpo de Bombeiros do Estado do Pará interditou várias casas noturnas em Belém. Até igrejas, supermercados e teatros passaram pelo crivo.

A novela “Salve Jorge” da Rede Globo de Televisão aborda a temática do tráfico humano, principalmente de mulheres “escravizadas” para fins sexuais. Imediatamente a Polícia Civil do Estado prendeu suspeitos de aliciamento de jovens em vários municípios do interior do Estado, como se essa prática nas longínquas (e isoladas) regiões paraenses não fosse corriqueira e não ocorresse há décadas.

Agora, num recente partida de futebol da Taça Libertadores das Américas um torcedor boliviano morreu ao ser atingido por um “lança rojão”. Imediatamente as autoridades paraenses estudam a possibilidade de proibir a entrada de fogos de artifícios nos estádios paroaras. Desde que a bola rola nos gramados locais os fogos são utilizados para saudar os clubes e os lances relevantes das partidas, mas, de uma hora para outra, constituem uma grave ameaça aos torcedores papa-chibé.  

Esses e outros fatos mostram como, no Pará, as autoridades não agem movidas por um planejamento capaz de identificar previamente as práticas necessárias para uma vida gregária boa, mas ficam a mercê de fatos que ocorrem em outras praças, veiculados em “tempo real” pelos instrumentos tecnológicos hodiernos. Não agem, mas reagem aos fatos, dependendo sempre da Próxima “notícia de jornal”.   

Os otimistas podem sustentar a tese de que é melhor reagir aos fatos que nada fazer, mas se assim deve ser, qual será o novo acontecimento com repercussão em nível nacional que “motivará” as nossas autoridades a fazer aquilo que lhes é devido por dever de ofício? Ficamos assim sujeitos aos acontecimentos alheios, como se não tivéssemos necessidades próprias.

Assim funciona esta colônia chamada Pará.    
  

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Hilárias passagens da caserna III (Walmari Prata Carvalho)

Na época em que fui incluído como oficial R2 na Policia Militar, como pré requisito para a permanência era exigido um estagio probatório de seis meses. Neste período percorríamos varias unidades operacionais, e, inúmeros setores burocráticos, e, ao final o desempenho era avaliado. Todos os submetidos a este experimental período esmeravam-se ao maximo,pois,tínhamos noção de que realmente eliminava os que não apresentassem a produção necessária para a permanência.Neste mesmo estagio um oficial foi desligado no meio do mesmo,confirmando o que já ocorrera no passado.Imaginem então o estado de espírito de todos os demais que ali continuavam,quando víamos um velho coronel a quilômetros já começávamos a nos perfilarmos.

Prosseguindo o estagio chegamos ao período da Cavalaria. O comandante do esquadrão era o então capitão Castro, neste ínterim, ainda não sabia nada de sua pessoa, apenas tínhamos observado como se comportava no manuseio com o cavalo, diga-se de passagem, ainda não encontrei no meio um oficial ou praça com suas qualificações no manuseio eqüino, um verdadeiro malabarista, tudo que possamos imaginar ele fazia com o cavalo.

Inicialmente nos proferiu uma palestra sobre equitação, e, a qualidade necessária a um cavaleiro ao final disse, ’’Agora formem fila, e, entrem na enfermaria do esquadrão para tomarem uma vacina; ela servira para dar coragem e criar anticorpos ao contato com animal, e, o meio’’. Preocupados fomos entrando um a um na enfermaria,quando saiam vinham com um disfarçado sorriso no rosto,mas, não diziam nada do que ocorria lá dentro. Quando adentrei, o capitão foi logo me dizendo, aqui é lugar de macho engole logo essa caipirinha, e, vai ao picadeiro; ato continuado um velho sargento enfermeiro me estica um copo com cachaça, eu retruco dizendo ‘’Mas não era caipirinha’’, eu nunca tomei cachaça pura, e, o capitão me diz era não, ainda é trata de engolir a cachaça, chupa este limão, e, no picadeiro o chacoalhar da tua bunda na sela vai transformar tudo em caipirinha, e, caiu na risada com o velho enfermeiro. Depois de ter engolido a vacina a contra gosto acabei embalado pelo riso, e, tomei o rumo do picadeiro, onde pude perceber que, o chacoalhar realmente me transformara numa coqueteleira viva, pois, comecei a sentir o calor do efeito da mistura, e, mais entusiasta fiquei na sela do cavalo cavalgando com mais desenvoltura, e, gargalhando internamento da surpresa da ‘’vacina’’.

Depois passei a conhecer melhor o capitão, e, justamente com o mesmo tenho outro caso, que contarei mais adiante. Aguardem o caso do cavalo empacado, ate lá, quem souber que conte outro, desde que seja caso, não causo.

Belém, 13 de fevereiro de 2013.

WALMARI PRATA CARVALHO
walmariprata@hotmail.com

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

"Não tenho nem onde cagar", diz cidadã paraense após chuva em Belém (Ou: "Avisa a prefeitura de Belém: hoje é o último dia para pagar o IPTÁGUA com desconto")


A Imperatriz Leopoldinese e o verdadeiro Pará (Ou: “Aqui o povo dança de verdade”)



A Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro, até tentou, no carnaval carioca deste ano, mas não conseguiu retratar com fidelidade o Pará. “Pintou um quadro” surrealista, sem qualquer correspondência com a situação atual do Estado. Como é normal nessas ocasiões, levou para a avenida monumentos históricos, cobras, jacarés e até a índia “pop star” Thainá para impressionar o público assistente. A coisa foi tão grotesca e paradoxal que, em plena festa pagã, botaram até a Virgem de Nazaré para sambar.

Para contrabalançar o desrespeito com o povo paroara, coube a uma “escola” cabocla a tarefa de desmistificar a imagem do Estado e traduzir em “verso e prosa” o verdadeiro espírito paraense. Refiro-me ao “Bloco Alho” de Marituba (município que integra a área metropolitana do Estado).  Na madrugada de terça feira “gorda”, na Praça Central da Cidade, um folião de nome “PICO”, fantasiado de “Django Livre”, brincava em meio a multidão quando um integrante do bloco adversário “Bandidos Unidos de Marituba” desferiu três balaços na sua cabeça. Foi o último samba de “Pico” neste mundo. Dizem os crentes ortodoxos que ele ingressou no Bloco Divino “A espera de um perdão”, coordenado por São Pedro no além.

No carnaval paraense os vencedores são decididos À BALA. Não tem essa “frescura” de contar votos. Aqui, no máximo, contam-se vítimas. O único entrave é que os integrantes das diversas Ganges, digo blocos, pertencem a Ala dos “Consumidores de abiu” e,  somente sabem cantar o refrão: “VOU TE CONTAR, OS OLHOS JÁ NÃO PODEM VER, COISAS QUE QUE SÓ A DIVISÃO DE HOMICÍOS PODE ENTENDER”.

O certo é que no carnaval paraense de verdade não existe Teatro da Paz, Estação das Docas, Mangal das Garças, etc. Isso é coisa para a elite. Como o carnaval é uma festa popular ele ocorre nas ruas da cidade, mesmo que termine no super lotado PSM ou, como no caso do PICO, no quinto dos infernos, por que aqui O POVO DANÇA DE VERDADE.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Oito broders perigosos foram “eliminados” da Casa de Recuperação III da SUSIPE, no Estado do Pará (Ou: “O Big Besta Brasil, Seção Pará”)

 
Embora a Casa de “Recuperação” III (CRP III), do Sistema Penitenciário do Pará, seja considerada, pelas autoridades, de “segurança máxima”, 8 (oito) detentos de alta periculosidade não resistiram ao PAREDÃO de carnaval e, no dia 10/02/13 (domingo), foram eliminados do jogo. Saíram pela porta da frente e foram recebidos pelos amigos e parentes como manda o ritual do Big Besta Brasil, Seção Pará.

A coisa é tão “pra frente” na Casa que um dos “heróis”, vulgo ISRAELZINHO, no mês passado, de dentro da CRPIII, por celular, comandou um seqüestro no Município de Castanhal/Pa. Aproveitou e pediu, com entrega em domicílio, uma pizza sabor calabreza, uma escova de dentes e duas latas de “Leite Moça”.  

A direção da Casa III, para se esquivar da responsabilidade, declarou desconhecer as causas da eliminação e prometeu punir os agentes e policiais que, segundo prévia avaliação, teriam contribuído para que os oito “emparedados” fossem rejeitados com 99,9% dos votos (não chegou a 100% para não levantar suspeita de fraude).

Essas previsíveis eliminações, segundo um experiente analista do BBB, possuem 2 (duas) prováveis causas: a existência de apenas 5 PMs para vigiar 498 broders; e a admissão de agentes prisionais “a Chico”, isto é, sem concurso público ou qualquer processo seletivo que garanta a impessoalidade na admissão dos mesmos. Hoje, apesar das constantes investidas do Ministério Público do Trabalho, todos são “eternos temporários”.

Mas, como é de praxe, o público assistente aplaude e vibra com as eliminações em pleno domingo de folia, afinal, num país onde o carnaval é patrimônio cultural, o povo é o primeiro a dançar.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Poste cai sobre viatura da PM e dois militares ficam feridos

Uma viatura da PM foi atingida por um poste quando trafegava pela estrada da Yamada, no Bairro do Benguí, em Belém do Pará (foto abaixo).

O Benguí, ou Bengola para os íntimos, é um bairro onde tudo acontece (de ruim). Se meliantes tivessem atacado os policiais, seria um fato normal; se a viatura tivesse caído num buraco, algo compreensivo; se a Guarnição tivesse desaparecido, não espantaria o mais crédulo morador do bairro. Agora, cair um poste sobre uma viatura da PM, em movimento, é algo incomum, mesmo para os padrões daquele fim de mundo.

Mas, felizmente, os policiais sobreviveram e poderão contar a inusitada história protagonizada por um poste que, nos locais civilizados, não se movimenta, mas, no Bengola, é um ser animado.    

Política pública brasileira em uma imagem

A escola pública brasileira em uma imagem



Índice de aprendizado é baixo no Estado do Pará (Ou: “Quem mandou nascer no local errado”)



 
Pelo menos 70% dos alunos da rede pública de ensino não conseguem aprender o adequado nas escolas. Este é um dos resultados preliminares da Prova Brasil 2011, que avaliou o desempenho dos alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. O resultado pode sofrer alterações até a conclusão final de análise dos dados do exame.
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Contudo, já se sabe que 80% dos alunos do 5º ano ainda apresentam dificuldades para ler e interpretar textos. Os índices são mais preocupantes entre os alunos do 9ª ano, pois 86% deles também não sabem ler e interpretar textos adequadamente. No que se referem ao ensino da Matemática, as estatísticas se tornam mais preocupantes, pois 86% dos estudantes que estão no 5º ano não sabem interpretar textos e 95% não sabem resolver problemas matemáticos.
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Os dados revelam as falhas na educação pública também no Pará. Dos 129.758 estudantes do 5º ano da rede pública que fizeram a Prova Brasil 2011, apenas 26.311 (20%) demonstraram habilidade em ler e interpretar textos. Do 9º ano, 82.905 alunos fizeram o exame de Português, mas somente 11.460 (14%) aprenderam o adequado. Em Matemática, a média de estudantes do 5º ano que sabem resolver os problemas e cálculos matemáticos é de 17.424 (14%) e do 9º ano apenas 4.249 (5%) tiveram um bom desempenho. Com isso o Pará ficou bem abaixo da média nacional no aprendizado das duas disciplinas.
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No Brasil, onde existem cerca de 2,5 milhões de alunos matriculados no 5º ano do Ensino Fundamental, 37% deles conseguem interpretar adequadamente textos. Em Matemática, 33% consegue resolver problemas. Do universo de 2,4 milhões de alunos do 9º ano, 22% deles mostraram competência de leitura e 12% aprenderam o adequado em Matemática.
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(Diário do Pará)

Até assédio moral no IFPA está sendo apurado pelo MPF (Ou: "O MPI - MInistério Pùblico do IFPA")

PORTARIA No- 33, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2013

O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República ao final assinado, no uso de suas atribuições legais, com base no art. 129 da Constituição Federal, no art. 7º, inciso I, da Lei Complementar n.º 75/93, de 20.5.1993 e na Resolução nº 87, de 3.8.2006, do Conselho Superior do Ministério Público Federal, e:

a) Considerando sua função institucional de zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição da República, provendo as medidas necessárias à sua garantia, nos termos do art. 129, II, da Constituição Federal de 1988;

b) Considerando os fatos constantes do Procedimento Administrativo nº 1.23.000.001801/2012-84 instaurado com o objetivo de averiguar a possível assédio moral sofrido dentro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA.

c) Considerando a necessidade de prosseguimento de diligências apuratórias;
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Resolve instaurar INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO, tendo como objeto os fatos constantes do referido procedimento administrativo, pelo que:

Determino:

1 - Autue-se a portaria de instauração do inquérito civil, juntamente com o procedimento referenciado, vinculado à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC);

2 - Dê-se conhecimento da instauração deste ICP à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (art. 6º da Resolução n.º 87, de 2006, do CSMPF), mediante remessa de cópia desta portaria, sem prejuízo da publicidade deste ato, com a publicação, no Diário Oficial, conforme disposto no art. 16º da Resolução nº 87, de 2006, do CSMPF;

3 - Por fim, retornem-se conclusos os autos para análise pormenor do caso e determinação de diligências.

ALAN ROGÉRIO MANSUR SILVA

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Em nome de Deus – Eliane Cantanhêde (Ou: “Quando acreditar em Deus é sinônimo de ser otário)


A tragédia de Santa Maria ofuscou uma informação importante de domingo passado na Folha: as igrejas arrecadam R$ 21 bi por ano no Brasil, incluindo católicas, evangélicas e centros espíritas.

A revelação foi da repórter Flávia Foreque, com base em dados da Receita Federal obtidos por meio de uma das grandes inovações do país: a Lei de Acesso à Informação.

O valor equivale à metade dos recursos da cidade mais rica de todas, São Paulo, e é maior do que o Orçamento de 15 dos 24 ministérios.

Isso ajuda a explicar a lista da revista "Forbes", dos EUA, com os cinco pastores mais endinheirados do Brasil, entre eles os que têm passaporte diplomático por representarem "interesses do país". Os nomes não surpreendem. Mais uma vez, o espanto é diante dos valores.

Encabeçada por Edir Macedo, da Universal do Reino de Deus, com patrimônio líquido de R$ 1,9 bi, a lista inclui: Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus --dissidente da Universal, como o nome já diz; Silas Malafaia, da Assembleia de Deus; Romildo Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus; e Estevam Hernandes e sua mulher, da Renascer em Cristo, os mais pobrezinhos ("só" R$ 130 milhões).

Fica a pergunta: a arrecadação e o dízimo de algumas das igrejas vão para elas e suas almas, ou para as contas bancárias dos pastores?

Mais do que o complexo emaranhado sociológico e os impulsos psicológicos que levam as pessoas a dar seu suado dinheirinho para coisas --e gente-- assim, o que interessa aqui é o reflexo no futuro.

Há igrejas e igrejas, mas, com dinheiro, TVs, rádios, sites, templos e lábia, as religiões, agora pulverizadas, exercem uma influência social, econômica e política crescente. O céu é o limite. Ou o poder?

Quanto mais o Congresso e os políticos se distanciam da opinião pública, mais elas, as igrejas, e eles, os pastores, aumentam seus rebanhos. E essas ovelhas votam...

 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A tragédia de Santa Maria (RS) e a vitória do Senso Comum. (Ou: “Quando a casa cai – ou queima”)

Publiquei um artigo no “Blog de Filosofia do Wolgrand”, denominado OS INTELECTUAIS, COMO OS MÍSTICOS, ADIVINHAM O FUTURO, com o qual sustentei a tese de que o homem culto, intelectualizado, possui a capacidade de prever o futuro. Esse “dom” o torna capaz de fazer planejamentos, se antecipar aos acontecimentos e exercer certo controle sobre a realidade.

Não há mágica nesse processo. É o resultado da leitura de um mundo que se comporta mecanicamente. Qual a vantagem disso? Basicamente, a de não ficar sob os desígnios da “deusa Fortuna”, isto é, do acaso. Não há surpresas neste mundo quando o lemos com os olhos do intelecto.

Mas o que ocorreu em Santa Maria – e está ocorrendo em todo país – prova que o brasileiro não consegue ultrapassar os frágeis limites do Senso Comum. Nossa leitura está circunscrita ao AQUI AGORA. No máximo, delegamos a previsão dos acontecimentos às autoridades legalmente constituídas, como se elas fizessem bom uso da reta razão e conseguissem se antecipar aos fatos.

Agora, depois do incêndio que vitimou mais de duzentos jovens no sul do país, o povo brasileiro, sem exceção, cobra providências que nunca foram realizadas, como se o princípio da combustão ainda não tivesse sido descoberto. Do outro lado, as autoridades, fazendo a "mea culpa", em tempo record, vistoriaram casas de espetáculos em todo território nacional, do Oiapoque ao Chuí, e  interditaram centenas de estabelecimentos, sob o extemporâneo argumento de não estarem em consonância com as normas legais. Se o acidente em Santa Maria não tivesse ocorrido, essas ações preventivas não teriam sido adotadas.

O “Modus operandi” do povo brasileiro denuncia que neste país ninguém consegue ver  além do que está diante do nariz. E como somente a Mãe Diná, Irmã Jurema e o pai Osmar possuem a faculdade de adivinhar o futuro, todos se limitam à visão empírica do mundo e somente agem quando a casa cai (ou queima).               

Governo do Estado inaugurou ontem, 01/02/13, um novo e moderno sistema de transporte de mortos e feridos no Pará (Ou: "Ligue 024 e acione os excelentes serviços do SOS Século XXI")



Quando a coisa não funciona temos de “largar o pau”, mas quando o governo “acerta a mão” temos de “dar a mão à palmatória” e elogiá-lo. Desta vez foi “gol de placa”.
 
Como o serviço “192 Urgente” anda a “passos de cágado” por estas bandas, no dia de ontem, 01/02/13, o governo do Pará lançou o mais moderno sistema de transporte de mortos e feridos do planeta: o “SOS século XXI”. A novidade é capaz de promover uma economia de combustível fóssil sem precedentes na história da humanidade. Com a alta da gasolina e a constante deterioração da camada de ozônio, a novidade tem tudo para emplacar nos mais longínquos rincões deste país, quiçá do planeta.
 
Veja na foto abaixo como o custo para a sua implantação é quase zero. Basta um pedaço de pau e duas cordas. A “vítima” (em todos os sentidos do termo) ainda se beneficia com um alongamento voluntário da sua coluna vertebral. Irá “cantar em outra freguesia” sem dor nas costas.
 
Segundo a “rádio cipó” já existe o interesse dos EUA e de todos os países europeus na técnica desenvolvida integralmente em solo paraense. Os ianques, por exemplo, pretendem economizar uma boa grana quando precisarem transportar brasileiros, porcos, viados e outras espécies que “comem farelo”.     
 
Depois dizem que não existe inovação científica que preste no Brasil.   


 
 
Área do Pantanal, Bairro do Mangueirão, Belém/Pa