quinta-feira, 10 de maio de 2012

Santa mulher, sagrada mãe (Walmari Prata Carvalho)

O Dia das Mães tem a sua origem no princípio do século XX, quando uma jovem americana, Anna Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em completa depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa. Annie quis que as homenagens fossem estendidas a todas as mães, vivas ou mortas. Em pouco tempo, a comemoração e consequentemente o Dia das Mães se alastrou por todo os Estados Unidos e, em 1914, sua data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de Maio.

Em Portugal, o Dia das Mães é celebrado no primeiro domingo de Maio. Já no Brasil, é celebrado no segundo domingo de Maio, conforme decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas.

Historia a parte, jamais conseguiremos acondicionar a ampla importância, e, seu incomensurável significado numa compartimentada data, a beleza, os sentimentos, a sensibilidade, as especificidades que robustecem esta abençoada criatura extrapolam o mensurável no tempo e espaço.

As qualidades encontradas na mulher duplicam, se agigantam quando por dádiva celestial, transformam-se em ser iluminado ao poder ter outro ser gerado, ao transformarem-se em mães.

Nesta condição de mãe, muito mais difícil fica de com justiça, e, sensibilidade externarmos sua importância e representatividade para todo ser vivente. Mulher e mãe por se interligarem na origem do ser, e, se agigantarem em evolução ao ter; somente os poetas podem fazer justiça na descrição de sublime obra do criador.

Este dom inspirador inerente ao poeta me falta, mas é percebido por mim. Tendo recebido o honroso pedido do amigo Emidio, para festejar em texto, a ser editado no Jornal Independente, referente ao dia das mães, em especial as de Castanhal, o faço com especial orgulho e satisfação em razão de que, ao dirigir-me as aludidas mães, estarei fazendo homenagem também a minha especial mãe, representada pela mãe Cidade de Castanhal, que me adotou como filho.

Busquei nos poetas a inspiração para corresponder a altura das mães castanhalenses. Verifiquei que os poetas buscam a inspiração nas passagens vividas, experiências de vida ou em modelos a observar. Apeguei-me aos modelos a observar, e, logicamente sempre os tive diuturnamente. Passei a fazer uma restropectiva na vida de minha mãe e na de minha esposa, nelas encontrei significantes exemplos das posturas inerentes as mães, Percebi, sem demagogia, que através dos seus comportamentos poderia identificar qualquer outra mãe em seu explicito e abrangente exercício de inesgotável amor maternal. Por considerar não tão justo descrever os comportamentos das mães de minha família, busquei no poeta, uma obra que fizesse justiça a condição de todas as mães inclusive a minha e de meus filhos.

Pesquisando livros e a internet, encontrei numa crônica o tamanho da obra, talvez ainda não o tamanho exato, mas aquilo de melhor a ser dito no momento para todas as iluminadas mães, e, assim foi contado pelo autor desconhecido, que por mim recolhido, ofereço a todas você:

CRÔNICA DA DIVINA CRIAÇÃO MATERNAL

No dia em que Deus criou as mães (e já vinha virando dia e noite a seis dias), um anjo apareceu-lhe e disse:

- Por que esta criação está lhe deixando tão inquieto Senhor?

E o Senhor Deus respondeu-lhe:

- Você já leu as especificações desta encomenda? Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico. Deve ter 180 partes móveis e substituíveis, funcionar à base de café e sobras de comida. Ter um colo macio que sirva de travesseiro para as crianças. Um beijo que tenha o dom de curar qualquer coisa, desde um ferimento até as dores de uma paixão, e ainda ter seis pares de mãos.

O anjo balançou lentamente a cabeça e disse-lhe:

- Seis pares de mãos Senhor? - Parece impossível!!

Mas o problema não é esse, falou o Senhor Deus - e os três pares de olhos que  essa criatura tem que ter?

O anjo, num sobressalto, perguntou-lhe:

- E tem isso no modelo padrão?

O Senhor Deus assentiu:

- Um par de olhos para ver através de portas fechadas, para quando se perguntar o que as crianças estão fazendo lá dentro (embora ela já saiba); outro par na parte posterior da cabeça, para ver o que não deveria, mas precisa saber, e naturalmente os olhos normais, capazes de consolar uma criança em prantos, dizendo-lhe: - "Eu te compreendo e te amo! - sem dizer uma palavra.

E o anjo mais uma vez comenta-lhe:

- Senhor... já é hora de dormir. Amanhã é outro dia.

Mas o Senhor Deus explicou-lhe:

- Não posso, já está quase pronta. Já tenho um modelo que se cura sozinho quando adoece que consegue alimentar uma família de seis pessoas com meio quilo de carne moída e consegue convencer uma criança de nove anos a tomar banho...

O anjo rodeou vagarosamente o modelo e falou:

- É muito delicada Senhor!

Mas o Senhor Deus disse entusiasmado:

- Mas é muito resistente! Você não imagina o que esta pessoa pode fazer ou suportar!

O anjo, analisando melhor a criação, observa:

- Há um vazamento ali Senhor...

- Não é um simples vazamento, é uma lágrima! E esta serve para expressar alegrias, tristezas, dores, solidão, orgulho e outros sentimentos.

- Vós sois um gênio, Senhor! - disse o anjo entusiasmado com a criação.

- Mas, disse o Senhor, isso não fui eu que coloquei. Apareceu assim...

(autor: desconhecido)

WALMARI PRATA CARVALHO-CEL PM R/R

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