sábado, 25 de fevereiro de 2012

O VÔO DO CONTRADITÓRIO (Walmari Prata Carvalho)


Cai uma aeronave alugada ao governo do estado, e, utilizada pelo corpo de bombeiros. O diligente promotor militar através da mídia diz que ira apurar o fato. Correta a atitude do fiscal da lei, talvez, sem a necessidade midiática para o ato de oficio.

Não resta duvida que todos devem lamentar o risco de vida que enfrentaram os ocupantes do helicóptero e agradecer a Deus terem sobrevividos. Devemos ainda enaltecer a nobre missão policial que disseram estar executando.

Por outro lado, todos sabem que nos períodos de festas, o sistema de segurança, dentro da previsibilidade dos mesmos elabora um macro planejamento de cobertura policial em todos os sentidos da área, com abrangência em todo o Estado e o publica com a devida antecedência, com data de começo e fim, além de informá-lo à sociedade pela imprensa. Neste planejamento macro são descritas as várias ações a serem realizadas, suas áreas de atuação, o responsável direto e a guarnição empregada. Quando a ação a ser desenvolvida necessita de emprego de efetivo com conhecimento técnico específico, descreve ainda mais em detalhes nominando específicos profissionais que irão atuar no peculiar apêndice do planejamento geral do evento. Neste especifico apêndice deve estar amplamente estabelecido os afazeres que estavam sendo desenvolvido pela equipe antecipadamente encarregada, que veio a sofrer o acidente.

Dentro desta expectativa e certeza, todos nós, que compreendemos da arte de planejar ações de segurança, de imediato nos permitimos aceitar esta condição como pré-requisito para que a aeronave e sua guarnição tenham levantado vôo. Robustecendo a esta visão da burocracia operacional que antecede as ações operacionais, podemos recorrer ao contrato de locação da aeronave e seu seguro para o vôo. Logicamente que o contrato, e destinação ao corpo de bombeiros, estabelece as condições de uso da aeronave e por isto mesmo o peso de seu seguro devera ser proporcional ao grau de risco que será divergente as aeronaves em igual situação destinadas ao Policiamento das PM e PC que representam um grau de risco maior. Neste contrato verificar-se-á a divergência de utilização, se for o caso.

A mídia por não compreender da necessidade deste pré-requisito levanta divergentes possibilidades que, somente prosperariam se tais requisitos não tenham sido observados, pois, sem eles, a ação não seria de planejamento para a semana de carnaval, como propalado por um dos acidentados, mas, de um inopinado vôo, que assim mesmo necessitaria de um acidente (policial ou de trânsito) para motivá-lo.

Ocorre que, o próprio governo fornece sustentação para as desconfianças da imprensa com referencia a real aplicabilidade do vôo. Ao anunciar nos jornais do dia de hoje que, em portaria publicada no Diário Oficial de ontem cria a Superintendência da região Metropolitana de Policia Civil. Em outra portaria também publicada ontem, cede o delegado Eder Mauro Cardoso Barra à Secretaria de Estado de Segurança Pública e defesa Social, para sempre que necessário, ele atue como piloto e co-piloto no Grupamento Aéreo, mas, continuando a exercer suas funções de diretor da DRFR. Deixa cabalmente sublimado no ato, o desejo de disciplinar ação referente ao uso da aeronave pelo delegado em questão. Se a portaria se faz necessário agora, os atos anteriores praticados pelo autor não estariam embasado no disciplinamento burocrático somente agora criado. A emenda ficou pior que o soneto, e, salvo juízo não propicia o apoio necessário a este grande delegado merecedor de todo esforço do sistema em decorrência de suas meritórias atividades. O momento desta portaria era lá atrás, ou, bem mais a frente, não agora. Ela veio corroborar com as divergentes informações da imprensa, e, suscitar ao promotor maior empenho na apuração em decorrência de estabanada portaria. Será que desejam no fundo crucificar o operante delegado? Na realidade, agora, somente o promotor terá a condição de apresentar em juízo uma das verdades. Esperemos que o juízo faça a justiça final.

Belém 25 de fevereiro de 2012.

WALMARI PRATA CARVALHO

9 comentários:

  1. Coronel Walnmari,

    O delegado ÉDER MAURO ingressou como Delegado na Polícia Civil em 1986, ou seja, já faz 26 (vinte e seis) anos. E ele já tinha à época mais de 25 anos. Por que estes detalhes? É que ele já está com mais de 50 anos, a idade dos oficiais generais (Brigadeiro, Major-Brigadeiro e Tenente-Brigadeiro) da FAB, que ingressaram com 17 e 18 anos. E que já não voam mais, deixando a tarefa para os mais novos (tenentes, capitães, majores e tenentes-coronéis). A partir de coronel o militar já está a frente dos comandos. E não possui mais a resistência e o reflexo dos mais novos, mesmo lhe sobrando experiência. A vida é assim para as atividades que exijam preparo físico, resistência e reflexo – atlética, militar e policial, algumas tarefas são afetas aos mais novos. Mas, a vaidade, interesses não bem definidos, o amadorismo reinante na Administração estadual levam a essa seleção tardia. E mais, o que um Delegado que foi preparado para presidir procedimentos investigativos, elaborar relatórios, termos, autos, requerimentos, representações, despachos, elaboração de quesitos de perícia e uma gama de atividades pré-processuais que nem todos dominam, se arvora a pilotar aeronaves de tarefa policial? Será que ele pensa que como pode pilotar motocicletas e Jet Sky pode pilotar um avião? Só mesmo aqui em nossa terra. E o pior são os dirigentes – secretários estaduais e delegado-geral que não atinam para essas exigências. Para a seleção de piloto militar o indivíduo passa por uma bateria de exames rigorosos, sejam físicos como psicológicos. É muito difícil acreditar que um servidor com mais de 50 anos possa ter um desempenho de um jovem de 17 a 25 anos. Imagine alguém que aprende a dirigir veículos automotores após os 60 anos. Ele terá a mesma habilidade de dirigir como alguém de sua idade que foi habilitado com 20 anos? É claro que não. Essa situação deve ser repensada. Os órgãos de fiscalização, entre os quais o Ministério Público, precisam acompanhar esses arroubos. No caso do helicóptero dos bombeiros o prejuízo foi apenas material. Mas, a persistir essas esse estilo, vidas humanas poderão ser sacrificadas inutilmente, principalmente se a aeronave cair em uma área residencial, escolar, fabril ou onde concentre mais pessoas. O próprio delegado Éder Mauro que inclusive já implantou cabelo em sua calva, precisas sair de cena e aguardar sua aposentadoria interrogando delinquentes, elaborando peças de inquérito e deixar que essas tarefas que precisam de resistência, preparo físico e reflexos apurados para os mais jovens, para o seu bem e o bem de todos.

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    1. | Cuidado com esses motoristas de helicópteros!!! |

      E olhe que tem mais delegado coroa que participou desse curso "relâmpago" (como sempre ocorre nas Polícias) de motorista de helicóptero. É só o cel. Walmari e o maj. Wolgrand se informarem que vão saber quem são os demais que botam helicoptero para dançar treme-treme.
      Se eu fosse policial eu me rebarbava para não voar com essa turma.
      Ou então eu ia fazer um bom seguro para a minha família e instrui-la para entrar com ação de danos por omissão contra o Secretário de Segurança, Delegado Geral, Cmt. dos Bombeiros.
      Mas, se quiserem insistir depois não vão dizer que não foram alertados.

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    2. Caro Anônimo,
      Na realidade quando apresentei minha manifestação, a fundamentei superficialmente nas necessidades dos pré-requisitos necessários para a sustentação do operacional vôo. Somente fiz, em razão da portaria criada fora de tempo pelo sistema de segurança, pois, a mesma suscitou condições para o imaginário divagar na inconcebível possibilidade da inexistência de um planejamento, fato já comentado pela imprensa ao admitir possibilidades outras do uso da aeronave. Evitei emitir conceitos em relação à figura do delegado ou do militar piloto, pois, os considero partes de uma engrenagem maior, sobre a qual, rotineiramente apresento opiniões contestando as recorrentes improvisações administrativas praticadas, que não querem corrigir, e, para as quais, o ministério público se omite; medidas tais como: os vencimentos em desacordo com nossas leis; criação e manutenção de um fardamento fora do estatuído; promoções em desrespeito as leis, e, em preterição a direitos, etc.etc. Esta tardia, e, indicativa portaria me fez lembrar o evento de Eldorado dos Carajás, onde a falta de planejamento, e, as improvisações se fizeram presente dando no que deu. Logo depois, as autoridades baixaram normas publicaram diretrizes disciplinando o obvio, ou seja, a necessidade previa do aludido planejamento operacional. No fundo, estes profissionais improvisadores,quando baixam portarias,ou começam a exigir planejamento, apenas após os eventos de destaque na mídia, o fazem não pelo dever de oficio, mas, pelo reconhecimento de seu próprio erro, ai busca minimizar possíveis ações que os alcançariam se, o MP não dormisse. Enquanto isto, a bomba relógio do improviso continua trabalhando, porem, somente sofrera correção quando explodir, e, ainda assim, depois de noticiado na imprensa. Não tenho duvida que a responsabilidade primeira seja do gestor maior, que não disciplina e fiscaliza. Os agentes são conseqüências do improviso.
      Em relação a sua especifica opinião percebo coerência, e, a respeito, entretanto, a subjetividade pode inferir padrões que, somente os órgãos da aeronáutica podem mensurar definindo padrões. Na realidade os atores são coadjuvantes nos problemas estruturais, de gestões improvisadoras motivadas por politicagens internas e externas, a despeito de um norte legalista estatuído e não seguido.
      WALMARI PRATA CARVALHO

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    3. Valmari,se o del.Eder Mauro pedir reserva,ele vai morrrrrrreeeeerrr.Sabe de que? De tédiopressão.Mistura de tédio com depressão.Ele vai ficar iqual a certos PMs, que já passaram dos 30 anos do tempo de serviço, e não pedem reserva.Cb velho

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    4. CB Velho
      Lembre-se que nossa Diretoria de Pessoal,antes dos periodos de promoções deve como incumbencia,preparar uma proposta de transferencia para a reserva compulsória de todos os militares que tenham atingido o limite de idade ou de tempo no posto.Não sei se ainda esta em vigor esta lei,mas,assim era.Os prejudicados pela não abertura de vagas,em razão da inobservância deste pre-requisito,devem se manifestar cobrando o dever de oficio da DP.WALMARI

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    5. Com certeza essa LEI existe, mais o cmd faz vista grossa, porque se for ver realmente quém já passou da idade para ir pra reserva pela lei da compuLsória,a PM vai ficar com efetivo super-reduzido.É por isso que a PM não coloca mais no seu portal, O ALMANAQUE DOS PRAÇAS E DOS OFICIAS,porque atraves dele,saberemos a condição de cada um.CB VELHO

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  2. HA HA HA HA HA

    Essa dança de helicóptero tá mais pra "Eguinha POCOTÓ"; se mandado o vídeo pro DOMINGÃO DO FAUSTÃO vai ganhar em primeiro lugar no concurso de VIDEO-CACETADA. O que dá pra rir dá pra chorar. Taão gastando meu dinheiro soooooorrroooooo .....

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  3. Pergunta se o Secretário de Segurança viajaria num helicoptero pilotado pelo delegado EDER MAURO.

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