segunda-feira, 9 de julho de 2012

O óbvio agora visto pela Procuradoria (Walmari Prata Carvalho)

A Procuradoria da União argumenta juridicamente que o INCRA é o responsável pela grande parte dos desmatamentos de nossa região. Não resta duvida que o chamamento midiático possa ajudar trazendo luzes para um problema há décadas incrustado na administração pública federal. Apesar de pouco acreditar em tal condição de possibilidade de solução para um cancro já instalado no DNA estatal farei penitencias para que este milagre ocorra.

Esta afirmação da procuradoria é do conhecimento de todos que labutam nesta área, bem como dos agentes de segurança pública que por dever de oficio são designados para cumprirem mandados de reintegração de posse neste nosso imenso território.

Desde o antigo GETAT esta incomoda situação social perdura. O governo finge que assenta, e, interessado fingi-se de assentado. O assentado fingido, por necessidade decorrente de vários fatores, entre eles a falta de assistência técnica, a falta da presença do estado, a falta de vias de escoamento da produção, a falta de financiamento agrícola começam vendendo suas arvores, para depois venderem seus lotes. Depois disso partem para outro espaço, agora apoiados pelo MST, e, o ciclo reinicia.

O estado aparentemente não deseja promover uma reforma agrária na plenitude de seu alcance, se realmente desejasse já o teria feito começando com um cadastro nacional de assentados, e, a disponibilidade de todo o aparato necessário para fixar o assentado na área. Do jeito que fazem é desperdício do dinheiro público incitação as demandas sociais, e, dependência de subsistência as verbas publicas derramadas, e, comumente subtraídas por falsos lideres, que assim mantêm este grupo de necessitadas pessoas como massa de manobra.

O desmatamento é a mais visível das conseqüências desta projetada condição de inércia pública. O machado que derruba a arvore repousa nas mãos de sofridas pessoas que dele necessitam para sobreviverem no lugar inóspitos em que foram assentados, ou melhor, jogados. Para diminuir este desmatamento é necessário encontrar o responsável por ter colocado um machado na mão de um cidadão faminto, o mesmo responsável em administrar faraônicas verbas que, durante campanhas eleitorais servem para construir cubículos dizendo-os para agricultores, e, tantas outras estripulias que nada levam a uma verdadeira reforma agrária, mas, que em nome dela é distribuída. Quando encontrarem este responsável preservarão a floresta, e, porque não o bolso do contribuinte.

BELÉM, 06 DE JULHO DE 2012.

WALMARI PRATA CARVALHO.
walmariprata@hotmail.com

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