segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A fumaça da mudança no MP do Pará. Se o mundo não acabar antes, é claro.


Parece que até o MP do Pará é capaz de mudar. Os membros do MP elegeram, contra a vontade do Governador e da velha guarda do Parquet paroara, a Procuradora de Justiça Graça Azevedo para dirigir a instituição nos próximos dois anos. Pelo menos ela foi a mais votada e parece pouco provável que Jatene ousará nomear os que foram preteridos pela categoria.
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Mas, qual seria a causa de uma mudança tão brusca em pleno Governo Jatene, autoridade especializada em submeter o Parquet aos seus caprichos políticos? Tudo indica que dentre tantas, duas foram as causas determinantes: O fim do “trem da alegria” das remoções de promotores para comarcas mais próximas da capital, imposto pelo Conselho Nacional do MP; e o revanchismo dos promotores que não puderam concorrer ao cargo máximo da instituição por manobra de certos procuradores.  Não há algo pior que uma alma ressentida.
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Explicando melhor, num breve passado, as múmias que comandavam o MP manipulavam os promotores do interior do Estado, nomeando-os para responder por promotorias mais convenientes aos seus interesses citadinos. Colocá-los num município mais civilizado era um “prêmio” digno de ser retribuído com a graça do voto. Essa farra foi desbaratada pelo CNMP, que ultimou providências pela moralização das nomeações na casa dos fiscais da lei.
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Depois, com o advento da possibilidade de os promotores concorrerem ao cargo de PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA, os “carregadores de piano” passaram a sonhar com a possibilidade de comandar o MP. Porém, um grupo de procuradores, maliciosamente, passou a perna nos aspirantes ao poder e “engavetaram” a proposta no Colégio de Procuradores.

Eis a razão de uma Procuradora de "OPOSIÇÃO" ser a mais votada nas últimas eleições do MP. Agora resta saber se o Governador vai respeitar a tradição e nomear a mais votada; ou vai ignorar a vontade dos fiscais da lei e nomear mais um PAU MANDADO do PSDB. Até sexta, 21, saberemos o que vai ocorrer, salvo se, antes, o mundo acabar.

Um comentário:

  1. Muito boa narrativa, Professor.Foi Clara, coerente , consistente, corajosa e pertinente...A sociedade precisa estar bem informada e esclarecida...!

    por: Vicente Azulay

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