Com a interdição de parte da Av Almirante Barroso - principal
via de ligação da capital paraense com as cidades que integram a área
metropolitana -, em razão do início das obras da BRT, o já caótico trânsito de
Belém ficou ainda pior. Nos horários de pico os engarrafamentos são quilométricos
e travam o fluxo normal de veículos em todas as vias circunvizinhas a referida avenida.
Como o Prefeito de Belém, Duciomar Costa, não se preocupou em
concluir a Av João Paulo II – via alternativa em caso de interdição da Av. Almirante
Barroso - os transtornos para a população não eram apenas previsíveis, mas
inevitáveis. Qualquer belemense anteveria as terríveis conseqüências dessa injustificável
falta de planejamento. Mas todos nós, impunemente, assistimos ao insano prefeito
fazer o que bem entende, e na hora que entende, com os nossos destinos.
Duciomar deixou para o último ano de governo – que foram 08 –
o início de uma obra fundamental para o povo que governa, certamente para vincular
a sua conclusão ao candidato de sua simpatia para substituí-lo no cargo de
prefeito. Como os paraenses são antas disfarçadas de seres humanos, esse tipo
de estratagema tem tudo para novamente funcionar na terra do asfalto e do açaí.
Por outro lado, se, por um aborto da sorte, o preferido do
prefeito não logra êxito na empreitada política, não será novidade se a obra prevista
para ser concluída em 1 ano e 6 meses se estender pelas gestões subsequentes.
Em que pese a quimérica impessoalidade
do cargo, não é raro o substituto, por questões POLITIQUEIRAS, não se empenhar
para concluir aquilo que o seu antecessor iniciou.
Não obstante, as obras públicas, normalmente, não são concluídas no
prazo previsto, logo é razoável supor que a população da capital paraense amargará
alguns anos de transtorno em suas vidas com o famigerado trânsito de Belém. Pode
até durar uma década como a malsinada obra do “ENTRONCAMENTO”, no km 0 da
BR-316, em plena porta de entrada de Belém.
Maus presságios à parte, fico feliz porque, desta vez, a omissão
das autoridades públicas e do povo em geral não afetará apenas os mais pobres,
mas todo o corpo social paraense. Do mais humilde pároco ao mais elevado membro
da nobreza local sofrerão as conseqüências dessa atabalhoada decisão administrativa.
Restará aos mais lúcidos e endinheirados habitantes desta
terra cantar em outra freguesia. Como a dignidade não é algo que, tão cedo,
será "construída" por estas bandas, caberá aos menos apegados se transferirem para
alguma cidade em que os interesses públicos, de fato, se sobreponham aos privados.
Como Belém não tem jeito, o jeito é se mudar de Belém!
Wolgrand me empresta um dinheiro para eu me meudar daqui. Prometo que pagarei assim que a cidade for organizada.
ResponderExcluirBem fiz eu, que já mudei há 3 anos.
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