O ator
americano George Clooney foi preso por desordem civil nesta sexta-feira durante
um protesto em frente à embaixada sudanesa em Washington, nos Estados Unidos.
Clooney fazia parte de uma manifestação que acusava o presidente do Sudão, Omar
al-Bashir, de provocar uma crise humanitária e impedir a chegada de alimentos à
região de Nuba, na fronteira com o Sudão do Sul.
Algumas pessoas não entendem porque um famoso ator hollyoodiano é capaz de sair da sua zona de conforto para atuar em defesa de causas humanitárias.
Antes
de ser preso, ele chegou a conceder entrevistas à imprensa. Clooney disse que
espera atrair mais atenção para a questão e se disse impressionado com o
engajamento do presidente americano, Barack Obama, no assunto. O ator também
disse que, se nenhuma ação for tomada nos próximos três ou quatro meses,
ocorrerá um "verdadeiro desastre humanitário".
Algumas pessoas não entendem porque um famoso ator hollyoodiano é capaz de sair da sua zona de conforto para atuar em defesa de causas humanitárias.
Apesar
de a maioria dos seres humanos se contentar em viver unicamente para atender as
próprias necessidades materiais e psicologias, não resta dúvida que existem
aqueles que constroem utopias e empreendem esforços para as suas consecuções. Estas
pessoas, normalmente, são chamadas de idealistas por acreditarem que a vida, em
suas diversas dimensões, pode ser diferente – e talvez melhor – do que é.
Algumas fazem desses ideais a razão de ser da sua existência.
É comum
encontrarmos na história da filosofia autores que definiram a “natureza humana”,
em contraposição a animal, como capaz de construções intelectuais em nível
político, econômico, social, científico, etc., em outras palavras, capaz de
elaborações que não estão necessariamente ligadas às necessidades primárias do
homem como ser biológico. É no âmbito conceitual que sempre se tentou
justificar o que seria próprio da espécie humana.
Se existe
algum sentido em achar que o homem não é um ser qualquer na natureza, - mesmo
que amparado por razões religiosas – é preciso admitir que alguma coisa nos faz
diferentes de um cavalo, cachorro, pavão, urso ou uma galinha. Logo, nesse
prisma, foi inevitável que muitos tenham se empenhado em negar aquilo que nos assemelha
às demais espécies naturais: as características biológicas.
Por
outro lado, existem aqueles que consideram as exigências que a natureza nos faz
apenas como fundamento e motivação para buscarmos algo além dela própria. Nossa “condição
animal” seria aquilo que nos moveria para uma realidade mais complexa,
própria dos seres com capacidade teórica.
De qualquer
forma, seja como for, não resta dúvida que não estamos presos à condição
biológica, o que permite o surgimento de pessoas como GEORGE CLOONEY. E mesmo
que existam várias formas de ser (humano) neste mundo, a escolhida pelo ator americano
parece a mais digna de ser vivida.
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