A defesa do músico
Raphael Lopes, de 24 anos, vítima de piada preconceituosa, na última segunda-feira,
12, em uma casa de shows, afirma que o caso não está encerrado e que um
inquérito policial e uma ação por danos morais serão anunciados durante a
reunião com o Conselho Estadual da Defesa da Pessoa Humana (CONDEPH) que
acontece amanhã, em São Paulo.
O músico, Raphael
Lopes, chamou a polícia durante um show de stand-up realizado na casa noturna
Kitsch Club, na Vila Mariana, zona sul da capital. De acordo Raphael, ele se
sentiu agredido verbalmente por uma piada do humorista Felipe Hamashi. O
humorista teria comparado o músico a um macaco.
De acordo com o
advogado de defesa, Dojival Vieira dos Santos, o conteúdo das piadas ditas
naquela noite ofendem valores conquistados pela sociedade brasileira e que
estão consagrados na ordem democrática e no estado de direito. "Vamos
exigir no plano penal a instauração de inquérito policial para que a polícia de
São Paulo investigue quais crimes foram cometidos no ambiente e uma ação de
indenização por danos morais", diz Dojival.
Segundo o agente
do humorista, o caso já está resolvido e tudo foi um mal entendido. O Kitsch Club realiza todas as segundas-feiras o show
"Proibidão". O evento conta com a presença de humoristas famosos,
entre eles Danilo Gentili, Fábio Rabin e Felipe Hamachi. Sabendo do conteúdo do
show, que tem como temas centrais negros, gays, deficientes e mulheres, a casa
solicita ao público que assine um termo afirmando que permite e que não se
sentirá ofendido caso alguma piada seja direcionada a uma pessoa específica.
O músico, Raphael Lopes, afirma não ter assinado o termo.
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