Na época em que fui incluído como
oficial R2 na Policia Militar, como pré requisito para a permanência era
exigido um estagio probatório de seis meses. Neste período percorríamos varias
unidades operacionais, e, inúmeros setores burocráticos, e, ao final o
desempenho era avaliado. Todos os submetidos a este experimental período
esmeravam-se ao maximo,pois,tínhamos noção de que realmente eliminava os que
não apresentassem a produção necessária para a permanência.Neste mesmo estagio
um oficial foi desligado no meio do mesmo,confirmando o que já ocorrera no
passado.Imaginem então o estado de espírito de todos os demais que ali
continuavam,quando víamos um velho coronel a quilômetros já começávamos a nos
perfilarmos.
Prosseguindo o estagio chegamos ao
período da Cavalaria. O comandante do esquadrão era o então capitão Castro,
neste ínterim, ainda não sabia nada de sua pessoa, apenas tínhamos observado
como se comportava no manuseio com o cavalo, diga-se de passagem, ainda não
encontrei no meio um oficial ou praça com suas qualificações no manuseio
eqüino, um verdadeiro malabarista, tudo que possamos imaginar ele fazia com o
cavalo.
Inicialmente nos proferiu uma
palestra sobre equitação, e, a qualidade necessária a um cavaleiro ao final
disse, ’’Agora formem fila, e, entrem na enfermaria do esquadrão para tomarem
uma vacina; ela servira para dar coragem e criar anticorpos ao contato com
animal, e, o meio’’. Preocupados fomos entrando um a um na enfermaria,quando
saiam vinham com um disfarçado sorriso no rosto,mas, não diziam nada do que
ocorria lá dentro. Quando adentrei, o capitão foi logo me dizendo, aqui é lugar
de macho engole logo essa caipirinha, e, vai ao picadeiro; ato continuado um
velho sargento enfermeiro me estica um copo com cachaça, eu retruco dizendo ‘’Mas
não era caipirinha’’, eu nunca tomei cachaça pura, e, o capitão me diz era não,
ainda é trata de engolir a cachaça, chupa este limão, e, no picadeiro o
chacoalhar da tua bunda na sela vai transformar tudo em caipirinha, e, caiu na
risada com o velho enfermeiro. Depois de ter engolido a vacina a contra gosto
acabei embalado pelo riso, e, tomei o rumo do picadeiro, onde pude perceber
que, o chacoalhar realmente me transformara numa coqueteleira viva, pois,
comecei a sentir o calor do efeito da mistura, e, mais entusiasta fiquei na
sela do cavalo cavalgando com mais desenvoltura, e, gargalhando internamento da
surpresa da ‘’vacina’’.
Depois passei a conhecer melhor o
capitão, e, justamente com o mesmo tenho outro caso, que contarei mais adiante.
Aguardem o caso do cavalo empacado, ate lá, quem souber que conte outro, desde
que seja caso, não causo.
Belém, 13 de fevereiro de 2013.
WALMARI PRATA CARVALHO
walmariprata@hotmail.com
É Valmari,a cavalaria é uma unidade que deixa saudade.Eu também passei nela.A gente quando chega fica meio assustado,com medo do cavalo. Mais quando agente aprende a montar, tudo fica maravilhoso.Nos só queremos montar cavalo bravo rsrsrsr.
ResponderExcluirE quando chega 7 de setembro,data esta que desfilamos na avenida com muito garbo,ficamos todo arrepiados de emocão.E as meninas gritando, LINDO,LINDO,LINDO,GATÃO.Vc pode ser até feio mais o pano te deixa um gato.rsrsrs.Hoje fica apenas mais uma HISTORIA de mais um causo de PM APOSENTADO.Abraço CB VELHO