Com o inesperado falecimento da procuradora Graça Azevedo, designada para dirigir o MP do Pará no biênio 2013/2014, surgiu o imbróglio da sucessão ao cobiçado cargo. O caso foi levado ao Colégio de Procuradores do órgão para deliberar se a lista com os procuradores remanescentes deveria ser submetida à decisão do Governador ou se nova eleição seria realizada.
Após um acalorado debate, por 24 votos a 01, o Colégio decidiu por uma nova eleição. Na oportunidade, os integrantes da lista tríplice anterior, Procuradores Jorge Rocha e Marco Antônio, foram unânimes em defender a decisão do Colégio, sob o conveniente argumento da defesa dos princípios democráticos. Ambos sabiam que uma eventual designação ao cargo de PGJ, sem novo pleito, afetaria a legitimidade necessária para o desempenho da função. Além do mais, concordar com uma nova eleição faria bem à imagem dos propensos candidatos e funcionaria como um excelente marketing pessoal, capaz de render bons frutos eleitorais.
Mas a estratégia política da dupla que representa o poder que se reveza há mais de uma década no MP não se restringiria a uma declaração de apoio à democracia. O “pulo do gato” ainda estava porvir.
Para impedir uma nova surpresa eleitoral, o Procurador Jorge Rocha, astutamente, retirou a sua candidatura ao cargo. A “situação” sabe que foi a fragmentação dos votos que viabilizou a vitória de Graça Azevedo. Numa disputa direta com a nova candidata da “oposição” a possibilidade de um resultado adverso é pequena.
Eis a razão que levou os “democráticos” membros do MP paraense a decidir por um novo pleito. Optaram por uma nova eleição, mas adotaram todas as providências para que o raio não caia novamente no mesmo lugar.
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