Postei o texto CONDENAÇÃO
PELO GRITO. Depois de vê-lo circulando na internet fiquei ainda mais
indignado pela situação que sofrem os dois oficiais condenados sabendo do que
sei. Quando me ofereci para prestar o depoimento técnico, em juízo, o fiz
esperando que a mim fosse permitido explanar em profundidade aquilo que passava
na cabeça e no coração. Meu depoimento foi lacônico, mesmo quando iniciava a
narrar alguma condição sempre fui interrompido para abster-me a responder
simplesmente sim ou não, mesmo o advogado de defesa não explorou meu depoimento.
Apesar de haver transmitido ao advogado e ao próprio Pantoja que não puderam ou
não desejaram utilizar por falta de sustentação, pois palavras ditas sem
testemunhos de terceiros podem ser facilmente contestadas. Ainda assim, hoje,
não me resigno e tenho vontade de gritar tudo que escutei e disse ao Pantoja e
ao advogado, e que não foram tornado publico na ocasião. Não sei como este
sentimento percebido por mim, não atinge também dois outros oficiais
possuidores com maior profundidade desta mesma condição.
Sei que o tempo é
passado e pedra jogada não volta mais, quer pelo transitado e julgado ou pela
prescrição do fato. Nada podia ou posso provar apesar de haver à época dito,
nesta mesma condição. Minha consciência manda repetir, talvez, por não
compreender ou aceitar como estes dois oficiais conseguem dormir ou permanecer
em silencio carregando este fardo que, se tivessem colocado a mesa, talvez, a
condição dos condenados não fosse esta em que se encontram.
Tomei conhecimento do
ocorrido em Eldorado pela televisão. Na condição à época de Diretor de Pessoal
da PM. Na manhã imediata ao acontecimento procurei o CMT GERAL, CEL LOPES, e
argüi do mesmo qual o motivo dele não haver reunido os coronéis para uma
decisão de tal envergadura; perguntei também porque razão não enviou o CHOQUE
para atuar no evento. Respondeu que havia recebido determinação para imediata
ação, e, que não mandou o CHOQUE para evitar despesas. Perguntei-lhe quem
determinou e quem não autorizava a despesa tendo o mesmo silenciado, então lhe
disse, ”não sei como conseguiste te permitir correr este risco por
economia, e, como não pesa em tua consciência colocar um camarada nesta
situação”, ato continuo desci batendo a porta, e, contrariado busquei
desabafar o que ouvi junto ao Cel. EDSON, Ajudante Geral à época, a quem
relatei todo o ocorrido. O EDSON, por discordar do posicionamento de comando,
relatou-me que se encontrava presente no gabinete do comandante no exato
momento em que as ordens foram transmitidas pelo Lopes ao Pantoja e ouviu o
Lopes dizer ao telefone que era para cumprir no horário e com o efetivo que em
Marabá o Pantoja possuía, pois não iria mandar o choque e que o Pantoja desse o
jeito com o que possuía. Que o Pantoja ainda deve ter contra argumentado, porem,
o CMT foi enfático dizendo, Pantoja é ordem, cumpre.
Depois de ouvir este
relato do EDSON resolvi em momento oportuno procurar a justiça,
entretanto,quando perguntei ao EDSON se o mesmo diria o que me disse em juízo,o
mesmo se negou dizendo que inclusive negaria o que me havia dito.
Ao ser nomeado
encarregado do IPM o Cel. Vieira procurou-me dizendo que gostaria de ouvir-me
pela experiência que seria eu possuidor em feitura de inquéritos, em razão de
já ter exercido a função de Delegado de Policia e ter andado muito em Quartéis
do Interior. Acatei seu pedido e quando adentrou em meu gabinete da DP
passei-lhe as mãos cerca de dez perguntas que deveria fazer ao CMT GERAL. Ao
ler disse-me: “Porra Walmari, assim o Lopes será indiciado”. Respondi: “indiciamento
não é condenação. Deixa a cargo da justiça”. Este IPM chegou a ser devolvido
pela Auditoria para o encarregado para
novas diligencias. Concomitante a isso, o poder político aprovava sob toque de
caixa medidas legislativas, no DF, que resultaram na transferência da analise
do feito da Auditoria para a Justiça Comum, movimento este sob forte influencia
política e os auspícios de grandes caciques e do Santino. Assim o IPM ficou
como deixou seu encarregado, finalizando na condenação dos dois oficiais.
Como a qualquer ato
público a opinião do cidadão é assegurada pela constituição, sou de opinião que
deste IPM resultou: Duas condenações; uma nomeação para CMT GERAL, depois para
CH da CASA MILITAR; outra para CH da CASA MILITAR e, a mais importante de todas,
para Secretaria Especial de Defesa Social.
Não culpo a justiça,
ela é cega, mas não é surda. Não sei como estes senhores, atores responsáveis
por este ato de oficio, ao deixarem de levar a noticia exata e abrangente do
que sabiam, ou do que ouviram ao conhecimento de nossa cega justiça (mas não
surda) conseguiram assumir aludidos cargos e ainda conseguem deitar e dormir
com o peso desta condenação, que sacrificou dois camaradas e suas família para
o resto de suas vidas.
SERÁ QUE REALMENTE
DORMEM?
Belém 23 de abril de
2012.
WALMARI PRATA CARVALHO
CEL PM RR
Walmariprata@hotmail.com
Walmari, pela primeira vez posto uma mensagem para te parabenizar, todos nós policiais somos sabedores que o CEL Lopes foi eternizado na PMPA, não como um herói e sim como um Oficial mais frouxo que a PMPA possuiu, deixou na reta a cabeça de dois Oficiais (sem mencionar suas familias) bate no liquidificador o VIEIRA, LOPES, EDSON, ALMIR GABRIEL e SANTINO não vai dar nem o que o gato enterra, esses Oficiais e políticos semprem pensaram neles e os outros que se ferrem.
ResponderExcluirParabens valmari,vc demonstrou muita coragem para postar este termo
ResponderExcluirInfeizmente como vc falou, a justiça já nasceu cega para punir os verdadeiros culpado dessa tragédia.Como diz o ditado, o galho sempre quebra para o macaco mais fraco.CB VELHO
ESSES CORONÉIS (NEGÃO E O EDITOM) SÃO OS CARAS MAIS COVARDES QUE EU CONHECÍ NA MINHA VIDA, SÃO CAPAZES ATÉ DE DAR AS SUAS MULHERES POR UMA FUNÇÃOZINHA. O PRESENTE QUE O ALMIR DEU AOS DOIS, FOI PARA FICAREM CALADOS NO CASO EL DORADO, E A CELPA? OUTRA FULERAGEM DO GOVERNO ALMIRxLJETENE. FICO PENSANDO COM MEUS BOTÕES. QUAL O PIOR BANCO DO ESTADO? BANPARÁ. QUAL A PIOR REDE DE ENERGIA? CELPA. QUEREM MAIS? em AINDA HOJE FICO INDIGNADO, MAS DURMO. SERÁ QUE TODOS DORMEM? (Walmari Prata Carvalho)
ResponderExcluirOrdem absurda de Cmt e Governador:
ResponderExcluir- Manda quem pode, obedece quem quer!