Na semana passada a
presidente Dilma, em novo pronunciamento em cadeia de rádio e TV, glorificou o
resultado do campo de Libra dizendo que a sua privatização não era uma privatização,
além de minimizar o fato de apenas um consórcio ter se apresentado para um
leilão, que, por esse fato, deixou de ser leilão.
Esse acontecimento, com
direito ao mais sagaz jogo de palavras, lembrou o episódio amoroso no qual se
envolveu o ex-presidente americano Clinton com sua estagiária. O presidente
negou que havia tido relações sexuais com ela, mas, após a confissão da jovem, foi
ameaçado de impeachment.
Durante questionamento no Congresso americano, um
senador perguntou ao advogado do ex-presidente, Sr Craig, se Clinton mentira ao
negar a prática do ato sexual. Este, sem titubear, respondeu: “Bom, ele certamente enganou-se e confundiu.
Ele não acredita que mentiu, pois sua noção do que o sexo é vem do dicionário.
Foi sexo oral, não foi sexo pra valer”. Assim, com essa estratégia linguística, Clinton se livrou do
processo de cassação.
Em ambos os casos, salvo
enquanto jogo retórico, o raciocínio está indubitavelmente errado, mas, para percebê-lo, é
preciso não apenas dominar o idioma pátrio, mas investigar o uso falacioso das
palavras. Isso porque, na Política, como no Direito,
as palavras significam aquilo que o orador quer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário