"Wolgrand fala". Ora, Wolgrand tem boca, logo fala. Embora óbvia, essa assertiva não é, de todo, confiável. Se falarmos o que pensamos em nossa sociedade, o sistema, com seus mecanismos disciplinares, nos cala. No entanto, apesar de tudo e contra todos, Wolgrand continua dizendo o que pensa, porque a palavra não apenas nos faz poetas, cientistas e filósofos, mas, sobretudo, humanos.
domingo, 30 de junho de 2013
domingo, 23 de junho de 2013
Manifestações no Brasil: quem reclama de tudo, reclama de nada.
As manifestações populares que proliferam por todo país
possuem uma característica comum: reivindicam, concomitantemente, vários
direitos com uma só tacada. A população tupiniquim reclamou do aumento da
passagem dos ônibus, da aprovação da PEC 37, da corrupção na esfera pública, da
inércia dos partidos políticos, dos políticos, etc.
.
Ora, que o Brasil está um caos, qualquer pessoal minimamente
esclarecida percebe, mas não é producente realizar um movimento popular para
cobrar TUDO em um único ato. É preciso direcionar as ações para uma mazela social de
cada vez, sob pena de o ato se tornar difuso e pouco producente. Um ato público sem objetivo
definido e delimitado, no mérito e na autoria, está fadado ao insucesso. Afinal,
quem reclama de tudo, reclama de nada.
Por isso, além de reclamar, é preciso delimitar o objeto e estabelecer
prazo para a autoridade pública adotar as providências de sua alçada. Uma
promessa sem data para ser cumprida é uma promessa vã.
Partindo dessas premissas, como sugestão, apresento alguns problemas paroaras que podem
ser objeto de “infinitas” manifestações, desde que as autoridades assumam compromissos
finitos.
1 – Que o Zenaldo conclua o BRT, pelo menos, até 2020.
2 – Que o Jatene e a sua polícia limitem em 02 o número de
assaltos que um paraense pode sofrer a cada mês.
3 - Que o policial que apreender uma arma de fogo tenha o
direito de passar 30 dias de férias no Caribe, por conta do Estado.
4 - Que a TIM-ganei jamais interrompa ligações amorosas, pelo
menos, até o gozo final.
5 – Que o Ministério Público recomende que os concursos públicos
estaduais e municipais sejam precedidos de licitação e que MS Concurso e a CETAP
sejam proibidas de ganhar os certames.
6 – Que Curralinho, no Marajó, deixe de ser o cú do mundo e
seja, pelo menos, a bunda do Pará.
Etc.
sábado, 22 de junho de 2013
A PEC 37 e o poder de manipulação da investigação criminal.
Está na ordem do dia a discussão sobre a Proposta de Emenda
constitucional nº 37, que, em linhas gerais, concentra o poder de investigação das infrações
penais no rol de atribuições das polícias judiciárias do país. Se aprovada,
ante uma ilicitude, o Ministério Público, como fiscal da lei, apenas poderá acompanhar
e fiscalizar a atividade policial e, se for o caso, oferecer a denúncia ao
Poder Judiciário. O MP não mais poderá fazer diligências investigativas,
devendo, quando necessário, requisitá-las ao órgão policial competente.
Essa restrição à competência do MP tem levado algumas pessoas
a denominar a PEC 37 de “PEC da corrupção”, certamente movidas pela crença de
que haverá um incremento à impunidade caso seja aprovada.
Nesse diapasão, membros do MP, em todo país, se mobilizam e
influenciam parcela expressiva da população contra a aprovação desta PEC, alardeando
aos quatro ventos os possíveis efeitos negativos da proposta.
Neste pequeno artigo tentarei não defender qualquer entendimento
prévio sobre essa peleja, afinal a atividade filosófica não é sectária, não
adota grupos e não aceita o que os outros dizem sem empreender uma meticulosa investigação. É a mesma lógica
que faz o ensino menos produtivo que a pesquisa nos espaços universitários. No
mundo acadêmico, não importa o que o que o professor diz, mas o que cada aluno
encontra quando procura algo.
Talvez o principal ponto dessa discussão resida numa crença,
cujo pudor epistemológico impede que ela seja tratada com a importância que
merece: “A crença de que uma
investigação criminal é manipulável”. Se não
o fosse pouco importaria quem a fizesse, pois os resultados seriam necessários
e universalmente válidos, como uma boa pesquisa científica. Mas todos sabem que
uma boa investigação depende mais do investigador que das condições em que o
fato se deu.
Se uma investigação criminal é manipulável, como creio, ela
pode perfeitamente priorizar interesses políticos, econômicos, morais ou
psicológicos em detrimento a verdade dos fatos. Neste caso, confere imensurável
poder a quem a controla. Essa, me parece, ser a principal razão que mobiliza os
integrantes das polícias e do MP a lutarem pelo alargamento do campo de suas atribuições;
ou será a incomum manifestação do “espírito público” que os faz litigarem para ter
mais trabalho e responsabilidade?
Como vemos, não há ingenuidade no processo. A briga não é
necessariamente pela eficiência ante uma investigação criminal, mas pelo direito
de manipulá-la. Tanto o MP como a polícia judiciária somente investigam e
esclarecem um fato quando lhes interessa.
Pode-se levantar a tese de que os membros do MP são, no exercício
do cargo, mais independentes que os policiais, logo estariam em condições
privilegiadas para realizar, com isenção, uma investigação criminal, haja vista
não possuírem uma rígida hierarquia. No entanto, ao revés, é a mesma ausência
de hierarquia que os faz não ter prazos para solucionar um caso, podendo procrastiná-lo
segundo seus interesses. Podem também determinar, ao bel prazer, quais ocorrências
merecem prioridades sobre outras.
Além disso, os membros do MP, embora gozem de certa autonomia
como Agentes Políticos, estão igualmente sujeitos a benefícios (e malefícios)
administrativos previstos em suas Leis Orgânicas, fazendo com que poucos ousem
se insurgir contra a “cartilha” das instâncias superiores de poder.
Eis as razões de apenas os incautos e platônicos acreditarem que
o poder estatal pode ser exercido para o bem de todos. Na seara da investigação
criminal, seja com o MP ou a Polícia Judiciária, estaremos fadados, neste país,
a ver navios, porque quando os fatos são manipuláveis, o bem e o mal saem da
esfera das instituições e se instalam no espírito do investigador.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Prepararam o cadafalso antecipadamente (Walmari Prata Carvalho)
Em
alarido o governo do estado lança Novo Plano de Combate a Violência. Da medida
sintomaticamente tiramos algumas conclusões. Se novo plano se faz necessário
conclui-se que: 1-No púlpito de campanha ao governo do Estado,não existia um
plano de segurança dentro das propostas de governo, logo, propalou-se facciosas
conjecturas sem assentamento acadêmico de pesquisa de setor, se, o discurso
fora realmente assentado num plano, o discurso de hoje é contraditório, pois, o
setor sempre apresenta à sociedade as melhoras estatísticas, então porque novo
plano de segurança?
2-Reconhece
estar perdendo o controle, a ineficácia de tudo que, no setor estava-se
fazendo, tanto assim que propõe novo plano.
Dentro
das novas propostas o chamamento de militares da reserva é assunto requentado.
Em relação à premiação pela apreensão de armas, trata-se de um arremedo do
programa paulista de abordagem pífia basta que seja feito um levantamento do
numero de armamento apreendido no ano de 2012, e, que a este se multiplique
pelo valor que será ofertado ao agente então, se poderá perceber o orçamento
ordinário que, neste projeto será empregado. O estimulo que o policial
necessita é o respeito aos direitos estatuídos como o da interiorização, ou
mesmo a incorporação ao soldo do abono, o respeito à justa promoção, apoio a
moradia, entre tantos outros.
Julgo,
salvo melhor juízo, que aludido plano em nada ira melhorar a insegurança. De
nada adianta suprirem de recursos materiais o sistema de segurança, se, o resto
do estado não caminha par e passo com as ditas melhorias. Segurança Publica é o
conjunto harmônico de todos os setores do estado, se, em algum setor falta
investimento, o todo fica em desequilíbrio, neste exato momento todas as
conseqüências daí advindas atingem o setor de segurança.
Como
percebemos que a administração do estado ate o presente momento não caminhou de
maneira harmônica, como um todo; como se avizinha novo embate eleitoral; como
sempre será melhor ao candidato deixar um único setor mais vulnerável ao
contraditório de uma disputa; o alarido de investimento e da proposta ao setor
de segurança expõe a todos as ações do governo no setor de segurança
minimizando os achaques futuros de campanha, e, ainda lhe propiciam a
justificativa de empreendimentos feitos no setor, que sempre em beneficio do
todo assumira a carga pela ineficácia estatal.
Ao
final desta nova improvisação, a PM e o setor ao qual pertence será novamente o
boi de piranha previamente imolado, graças a eternos, e, remanescentes
auxiliares militares,e,PC perpetuados,que assessoram equivocadamente.
Belém
08 de junho de 2013.
WALMARI
PRATA CARVALHO
sábado, 8 de junho de 2013
Macelo Marques (Bacana) reconhece erro e corrige nota sobre mestrado e doutorado, na UTAD - Portugal, dos servidores do IFPA
Até o Jornalista Marcelo Marques já compreendeu que os servidores do Campus Belém do IFPA, POR INCIATIVA PRÓPRIA, se inscreveram e obtiveram as vagas para os cursos de mestrado e doutorado na Universidade Portuguesa de Trás-os-Montes e Alto Douro. Por esse motivo, falar em CONVÊNIO é desnecessário.
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