A sanção
presidencial à lei que instituiu o Vale-Cultura, no valor de R$50,00 (cinqüenta
reais) mensais, apenas ratificou o que qualquer observador atento é capaz de
inferir: o brasileiro é o povo mais “dinheirista”do mundo.
Aqui tudo se faz por dinheiro. Por isso o enorme
sucesso das diversas bolsas instituídas pelos governos federal e estaduais.
Quem por um ato de “insanidade administrativa” ameaçar acabar com esses
benefícios pecuniários estará fadado ao maior e mais duradouro ostracismo
político da história deste país.
No Brasil até a cultura se incentiva com grana. A
educação não é vista como um VALOR EM SI MESMA, como algo capaz de formar e
desenvolver o indivíduo, mas como um instrumento capaz de propiciar algum
benefício material.
É a mais infame postura contra o conhecimento que
uma nação pode ter.
A
conseqüência cruel desse comportamento é a submissão e manipulação total do
povo brasileiro pelo vil metal. Tudo se justifica pela possibilidade de ganhar
ou perder algo. Um governante astuto controla a massa criando uma vantagem
financeira ou extinguindo-a. É a mesma lógica que garante a existência dos
cargos em comissão no serviço público. Faz-se tudo para obtê-lo, mesmo que
contrarie o escopo da existência do próprio cargo.
A coisa é tão grave neste país, que até Sócrates
não faz sentido por estas bandas. Para o filósofo ateniense CONHECIMENTO É
VIRTUDE; para os brasileiros, somente dinheiro é virtude. Por isso é fácil
entender porque a produção cultural no Brasil é um fracasso. O conhecimento
liberta; o dinheiro, tutela. Em vez de o princípio bíblico “Conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertarás”, impera a máxima: “É dando que se recebe”.
Eis uma das raízes do desinteresse pela cultura no Brasil, que se alinha perfeitamente ao princípio contemplado, há mais de 25 séculos, pelos gregos: A IGNORÂNCIA É A CAUSA DE TODOS OS MALES.
Major, quando o Lula disse que não gostava de ler porque dava sono, ficou claro que ele se orgulhava de sua ignorância, e não à toa, esse princípio está sendo incorporado pelas grandes massas "bolsistas" deste país. Veja o caso das "cotas" para o ingresso nas Universidades. Dinheiro para as mais diversas bolsas não falta, mas, para investir na qualidade da educação, para que tanto o egresso da escola pública, quanto o da privada, possam disputar em posição igualitária uma vaga ao ensino superior, ah! para isso não terá nunca.
ResponderExcluirQue bolsa cultura é mais um golpe da politica das bolsas
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