A insegurança é uníssona; a indignação é geral; os reclames
ecoam de norte a sul, de leste a oeste, do Arroio ao Chuí. Quando se busca um
caminho, uma diretriz, que vá ao encontro de uma solução ou mesmo de uma
atenuante; observamos todos os dirigentes dos sistemas de segurança, os
especialistas em segurança nominarem algumas condicionantes provocadoras da
insegurança, mas, todos convergem sempre em seus discursos midiáticos à falta
de mais policiais nas ruas como a principal de todas; as autoridades de todos
os poderes, e, até mesmo os técnicos da área ratificam tal lacuna ‘’a falta de
efetivo’’. No afã de equacionarem a demanda executam pontualmente operações do
tipo ‘’esvazia quartel’’, que pelo uso excessivo de uma mesma mão de obra
esvai-se em bem pouco tempo, e, tudo volta a cíclica e rotineira condição de
falta de efetivo.
Conhecedores das necessidades institucionais de resposta ao público
alvo (a sociedade), os mandatários máximos do executivo, legislativo,
judiciário, e, alguns setores privilegiados do município, e, empresários
iluminados, que mantém sob suas tutelas grandes efetivos, alguns apenas abrindo
portas, não abrem mão de tal privilegio em benefício de uma sociedade
necessitada de maior cobertura de especifica mão de obra de destinação constitucional.
Ninguém abre mão de sua segurança, ou de seu abridor de
porta, que mesmo pagos pelo executivo para servirem fundamentalmente ao povo,
servem senhores, e, setores que não os pagam. Pergunto se desejam tanto um PM
ao dispor de seus setores, qual a razão de não criarem suas guardas próprias,
sob as expensas de suas dotações orçamentárias. A PM poderia inclusive formar
essa especialidade de segurança, e, por essa formação os setores pagariam.
Enquanto isso não ocorre, e, como demanda tempo para a formação, que tal
substituírem os policiais ativos por inativos voluntários a serem pagos por
cada órgão. Assim muitos ativos há décadas encastelados em poderes, e, babando
senhores poderiam voltar para as ruas e atender as demandas sociais.
Ocorre que ninguém tem aquilo roxo para bancar uma saída como
essa ou assemelhada a essa, não desejam criar animosidades entre os poderes, e,
assim fragilizar a tal de governabilidade. Enquanto isso o povo que se exploda,
pois, das benesses ninguém abre mão.
Belém 26 de maio de 2015.
WALMARI PRATA CARVALHO
walmariprata@hotmail.com